Muito se fala a respeito da importância da motivação e dos métodos para motivar equipes, colaboradores e funcionários. Mas o que nem sempre se fala é o tipo de motivação que desejamos criar. Como tudo – ou quase tudo na vida – a motivação também pode ser positiva ou negativa. Ela é positiva quando nasce de nosso genuíno interesse em melhorar, crescer, prosperar e superar desafios. É negativa quando sua origem é o medo – de perder o emprego, por exemplo -, ou quando é estimulada apenas por recompensas como bônus ou prêmios. Pessoas de pouca visão podem pensar: “Mas o que importa de onde vem a motivação? Basta que o funcionário esteja motivado para fazer o seu trabalho”.
A grande diferença é que a motivação positiva é a única que gera o comprometimento total, enquanto que a negativa gera, quando muito, um comprometimento parcial e passageiro. É fácil entender por que. Se sua única motivação for o medo de perder o emprego, você fará apenas o mínimo necessário para manter sua posição. Se a motivação vier somente dos bônus e prêmios, a coisa toda pode virar um jogo no qual o único compromisso é marcar pontos. A cooperação, a participação e a iniciativa ficam restritas ao que pode render prêmios, e todo o resto é posto em segundo plano.
Não há nada de errado em oferecer recompensas adicionais aos funcionários. O erro é pensar que só isso é suficiente. Para criar motivação positiva, a recompensa deve fazer parte de um cenário muito mais amplo, que inclui, acima de tudo, criar um bom ambiente de trabalho. O bom ambiente de trabalho é aquele no qual os funcionários se sentem ouvidos e respeitados, no qual a comunicação é eficiente e as metas e objetivos são compartilhados por todos. É um terreno fértil para que habilidades, talentos e competências germinem e frutifiquem. Num ambiente assim, você não sente que está apenas se esforçando para fazer o que é preciso. Você sente que está crescendo como profissional e como ser humano. Existe motivação mais poderosa do que essa?